Carta 14

 

 

Anápolis, 05 de janeiro de 2006

 

Ao Exmo.  Senhor Bispo Dom Manoel Pestana Filho

Bispo Emérito de Anápolis-GO.

 

Excelência, que a paz do Sacratíssimo Coração de Jesus esteja na vossa alma: “Ó Coração Sagrado do meu Salvador, Tu a quem  adoro, a quem amo, Tu todo Amor, Bondade Suprema, só Tu possuis meu coração” (Bem-aventurada Elisabete da Trindade, Poesia, 57).

Escrevo-lhe mais uma vez para dizer que Vossa Excelência no auge da perseguição contra a minha pessoa, quando eu era Administrador Paroquial da Paróquia de Nossa Senhora da Penha - Jaraguá-GO, escreveu em uma carta algo com a intenção de denegrir-me, mas se esqueceu de olhar para certos DOCUMENTOS do passado; e depois, no futuro, escreveu outros DOCUMENTOS sem  se lembrar do teor da carta que já havia escrito. O senhor é muito imprudente e maldoso em escrever para sacerdotes que não pertencem a sua "panelinha".

Em uma carta do dia 30 de agosto de 1996, Vossa Excelência escreveu-me o seguinte: “Compreendo cada vez mais – nunca aludi a tal coisa antes – as lágrimas de dor e arrependimento do Pe. Vittorio, por ter-lhe dado tanto apoio”.

É exatamente ao Pe. Vittorio quem Vossa Amável Paternidade explorava e desviava o seu dinheiro. Coisa vergonhosa para um bispo!

Este trecho da carta do dia 30 de agosto de 1996 mostra abertamente que Vossa Excelência estava usando das lágrimas de um defunto, porque quando ela foi escrita, ele já havia falecido há mais de cinco anos. Mas na verdade, o único desejo de Vossa Excelência era usar de um santo sacerdote, que foi meu diretor espiritual por cinco anos, para ter coragem e inventar argumentos para me desmoralizar.

É importante lembrá-lo de que o referido sacerdote faleceu antes da minha ordenação sacerdotal, que Vossa Excelência adiou por um ano; tudo indica, por perseguição, e na minha ordenação diaconal ele não pôde participar, porque Vossa Excelência o havia enxotado de vossa diocese. Lembra-se disto? Depois que o “burro do seminário”, como ele mesmo se intitulava, havia feito tanto pela Diocese de Anápolis, como consta naquela carta que o senhor conhece muito bem, inclusive a mesma se encontra arquivada em meu Instituto. Para tentar encontrar essa carta e destruí-la, após a morte do Pe. Vittorio, o senhor pediu ao Pe. Siro Silvestrini todos os cadernos de meditação do Pe. Vittorio... mas a senhorita Maria Piano já havia entregue em minhas mãos todas as "cartas bombas" do Pe. Vittorio, inclusive esta.

Se o Pe. Vittorio, conforme trecho da carta, chorou de arrependimento por ter-me apoiado, certamente, ele que era a sinceridade em pessoa, se expressou com palavras o porquê de tal arrependimento. Por que então Vossa Excelência não mencionou na carta os motivos de tal arrependimento? Vossa Excelência citou o Pe. Vittorio, mas o senhor é quem gostaria de dizer tal coisa, só não o disse para não se comprometer, uma vez que Santo Afonso Maria de Ligório escreve: “Em tais casos, quando falta experiência de boa conduta de vida, não só peca gravemente quem se ordena, mas também o bispo que o promove às ordens sem a comprovação devida, sem a certeza moral da idoneidade do ordenado” (Santo Afonso Maria de Ligório, A Prática do Amor a Jesus Cristo, Cap. XI).

Só me lembro uma vez do Pe. Vittorio ter se entristecido comigo; foi em 1988, em Roma, quando ele insistiu para que eu fizesse parte do Instituto Missionário dos Servos da Igreja, mas eu lhe disse que já possuía um ideal.

A intenção do senhor ao escrever essa carta era de tentar apagar todo o bem que fiz com a graça de Deus e colocar-me como um delinquente, mas Deus é Pai e protegeu-me. A atitude de Vossa Excelência foi igual a do bispo Eusébio em relação a São Basílio Magno e do Patriarca de Alexandria, Teófilo, conhecido como Faraó eclesiástico e javali selvagem, com São João Crisóstomo.

Se sou esse sacerdote tão perverso, porque então Vossa Excelência escreveu o que se segue a meu respeito e do meu Instituto?

1. “Nomeado Administrador Paroquial de São João Batista da Vila Formosa, Anápolis, permaneceu no cargo pouco mais de um ano, com muito ZELO e DINAMISMO APOSTÓLICO” (Carta ao Exmo. Bispo Dom José de Aquino Pereira, Bispo de São José do Rio Preto – SP, 22 de junho de 1990) (Vide carta em anexo).

2. “Parabéns pela Obra e o trabalho. N. Senhor e sua Mãe Santíssima os abençoem a todos”(Carta de Dom Manoel Pestana Filho ao sr. Diretor – Fundador do M.M. Lanceiros de Lanciano, Anápolis, 06 de setembro de 1993) (Vide carta em anexo).

3. “Declaro, para os devidos fins, que aprovo “ad experimentum” a realização da cerimônia de entrada de postulantes no noviciado e sua abertura na Cidade Missionária do Santíssimo Crucifixo, em Anápolis e a celebração da emissão dos votos temporários, para o Instituto Missionário dos Filhos da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo e das Dores de Maria Santíssima” (Declaração, 11 de fevereiro de 1995) (Vide carta em anexo).

No dia 30 de outubro de 2001, Vossa Excelência para tentar proteger o apavorado, despreparado e perseguidor Pe Aluizo Lopes da Cunha diante do senhor Juiz de Jaraguá (Amaral Wilson de Oliveira), escreveu-lhe dizendo: “Lembro-lhe que as aprovações que foram dadas ao padre eram “ad experimentum” quer dizer temporariamente e dependendo do que fosse feito com elas e, portanto, a partir da ruptura com a Diocese, não têm mais valor” (Vide em anexo o que realmente aconteceu).

Quanto a essa política suja e interesseira, digna de Vossa Excelência, não me atingiu; continuo o mesmo e o que me importa foi o que o senhor havia escrito fora da política, a Declaração do dia 11 de fevereiro de 1995. Essa sua atitude só veio confirmar o quanto o senhor abusa, ou melhor, abusava de vossa autoridade, como escreve o sacerdote diocesano Pe. Luiz Lima de Souza, cuja carta se encontra nos meus arquivos: “Vossa Excelência faz claramente distinção e acepção entre o clero de sua diocese. Os que caíram na sua graça pintam e bordam e estão sempre bem com o senhor, e o senhor com eles. Os que por infelicidade caíram na sua desgraça, vossa Excelência os persegue, espezinha, insulta e despreza. Aqueles que vossa Excelência  não gosta, são tratados como péssimos empregados. Continue com suas panelinhas e eu estou feliz fora delas” (28 de agosto de 1995) (Vide carta completa).

 

4. “Atendendo à deliberação do Conselho Presbiteral da Diocese de Anápolis, com vistas ao encaminhamento da solução de sua presença e trabalhos na Diocese, nomeamos os  Revmos. Sacerdotes Mons. Mário Cuomo e Andreas Dankl, OSC, nos termos dos cânones 397, § 1 e 396 § 1, para visitadores diocesanos de suas obras” (01 de fevereiro de 2001) (Vide documento).

O que mais me admira, é que Vossa Excelência sempre se escondeu por detrás do Conselho Presbiteral somente para perseguir alguns padres, é que o senhor não precisava da tão valiosa deliberação do pobre e usado Conselho Presbiteral (Vide explicação).

Como Vossa Excelência tem coragem de oferecer trabalho em vossa Diocese para um sacerdote tão perverso, ladrão e polêmico, como o senhor relatou na carta ao Tribunal Eclesiástico de Goiânia para proteger o mitrildo Luis Ilc envolvido com a maçonaria? Realmente Vossa Paternidade toma algumas decisões sem pesar o passado ou analisar o futuro. Isso é perigoso para qualquer pessoa, principalmente para um bispo: “Nós, porém, além de cristãos, tendo de prestar contas a Deus de nossa vida, somos também bispos e teremos de responder a Deus por nossa administração” (Início do Sermão sobre os pastores, de Santo Agostinho, bispo, Sermo 46, 1-2: CCL 41, 529-530).

5. “Vimos através desta, caro colega e irmão no sacerdócio, convidá-lo a um encontro fraterno e pacífico com a nova comissão instituída pelo Bispo Diocesano Dom Manoel Pestana Filho, para resolvermos o impasse causado por alguns acontecimentos infelizes.

Desta comissão participam apenas três sacerdotes desta diocese.

Sugerimos como data a Quinta-feira Santa, 28 de março, dia da instituição do sacerdócio, às 14:00 h., no seu convento em Miranápolis. Caso seja uma data inoportuna, comunique-nos pela Cúria Diocesana uma outra data disponível.

Esperamos por uma resposta positiva e um encontro e diálogo frutífero, e permanecemos seus irmãos em Cristo (21 de março de 2002) (vide documento original).

 

Como já expliquei na “Carta Exegética” (Carta 11) dos Três Papeluchos, essa última carta do senhor foi um jogo para tentar apanhar-me de surpresa, pensando que eu tivesse ficado ferido depois do bombardeio de tais papeluchos; mas o senhor percebeu que o sacerdote a quem perseguia era um homem de caráter e de personalidade, e que não age com duplicidade nem possui jogo de cintura.

Durante o tempo em que trabalhei na vossa diocese, nunca foi preciso que Vossa Paternidade me recolhesse na Cúria sob vossas asas, ou ao alcance de vosso báculo, como fizera com alguns sacerdotes. O que aconteceu foi simplesmente fruto de uma inveja incontrolável.

Na mesma carta ("Carta Exegética"), Vossa Excelência escreve: “Nunca soube de qualquer ameaça do Pe. Vittorio, negando-se a ajudar o seminário, se eu não o deixasse entrar na filosofia. Fique certo de que, se isso tivesse acontecido, o sr. jamais teria entrado, porque eu não iria vender uma ordenação, nem para ter um seminário”.

Vossa Paternidade nega, mas foi justamente isso o que aconteceu e o saudoso e sofrido Pe. Vittorio não mentia.

Realmente Vossa Paternidade tem razão, não vendia ordenação para obter um seminário, mas sim, vendeu para alguém perseguir-me; é o caso da misteriosa ordenação do misterioso e cientista e desequilibrado Pe. Jean Rogers (Rodrigo Maria), que antes de ingressar no seminário se vestia de mulher para dançar quadrilha e fazia experiência com cabelos de meninas.

Esse homem viveu misteriosamente o seu tempo de seminário. Estudou, como afirmam alguns, por muito tempo na Universidade Católica de Goiânia, numa linha que não agradava Vossa Paternidade; morou sozinho por muito tempo em Nerópolis, coisa que o senhor no meu tempo jamais aceitaria. Depois o mesmo veio para o Institutum Sapientiae, em Anápolis; parece que por uma força maior (episcopal), a Faculdade aceitou o currículo do misterioso rapaz. E para completar  a novela misteriosa, a sua ordenação surgiu como um relâmpago; e para confirmar os capítulos políticos e tramados na novela, enviaram um sacerdote para convidar-me para tal ordenação.

Está claro que Vossa Paternidade estava pagando uma dívida para tal pessoa, mas usando de algo sagrado, uma espécie de simonia.

Eu sempre entreguei essa causa nas mãos do Deus Justo e Onipotente, assim como entreguei a do mitrildo Luis Ilc, esse último já foi castigado, quanto ao outro (Pe. Jean Rogers), o futuro dirá (Vide excomunhão).

Inclusive tenho uma carta do misterioso cientista quando ainda era seminarista perambulante, escrita a próprio punho, que mostra o conluio dele com o mitrildo Luis Ilc, ela será uma peça chave na breve História do meu Instituto no nosso Site que já está muito adiantado. Inclusive no próximo dia 15 lançaremos mais algumas páginas já falando de Jaraguá-GO.

Rezo para que o Deus Justo lhe conceda muitos anos de vida para poder estar sempre perto de nós.

Respeitosamente,

 

Pe. Divino Antônio Lopes FP(C)

 

 

 

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